Arquivo de zumbis

47° Dia

Posted in contos with tags , , , on Março 19, 2012 by rsemente

… NO DIA ANTERIOR

Todos nós acordamos mal, como se tivesse um gosto ruim em nossas bocas. O encontro da madrugada do dia anterior havia deixado um terror no ar. Muitos choravam baixinho, tentando esquecer as cenas de terror que se passaram.

Passamos o dia conhecendo de fato a cidade, e se instalando na “grande casa” da fazenda de nosso amigo.

O ar da fazenda era muito bom, principalmente encontrar comida fresca para a alimentação de todos, destruindo o jejum de comida enlatada e seca. Carne, leite, ovos, queijo, yorgute, pão, mandioca, farinha, frango, e todo tipo de comida que isso e muito mais pudessem produzir.

É claro que isso não era assim todo dia, mas principalmente em comemoração ao retorno de “um dos filhos a casa”. O que se seguiu em boa parte do dia foi a apresentação de como as coisas estavam funcionando, tudo muito parecido como a 50 anos atrás, que era idêntico a como as coisas eram feitas a 100 anos.

Também ficamos familiarizados com os vários acontecimentos esquisitos na região. Mortos andando, estranhas estrelas cadentes, e principalmente bandos de foras da lei que invadem e saqueiam as pequenas cidades.

O problema dos zumbis parecia não ser tão sério como apresentado pelos filmes, várias pessoas foram arranhadas e mordidas mas não morreram por isso nem se transformaram em zumbis. Ou pelo menos não ainda.

Assim bastava matar os que surgissem antes que eles o matem, o que era uma tarefa mais fácil usando até uma faca ou arma similar quando, bastando quando um deles se aproximar atacar a cabeça. Aparentemente não eram tão fortes, e uma mordida não chegava a arrancar pedaços instantaneamente.

O que mais preocupava a população eram os bandos. Cada um podia trazer mortes a qualquer um, roubar alimentos, e até armas. Como sempre os humanos se apresentavam como o principal problema.

CONTINUA…

Illuminatis e Zumbis

Posted in artigos, cenário with tags , , , , , , , , on Julho 27, 2010 by rsemente

“O grupo já sobrevivia a alguns meses, bem heterogêneo. Humanos, um caçador (ou ex caçador), uma vampira e um lobisomem.

Parece que eles não sabiam que um dos humanos era um caçador. Como cheguei a eles? Estava rastreando a Bíblia dos Mortos, estava de posse de uns vampiros, que morreram tragicamente nas garras de um lobisomem, e que o ignorou todo o apocalipse, até que o caçador em segredo o roubou.

Agora só tenho que pensar em uma forma de atraí-los para minha morada. Não resta muito tempo, o fim está próximo.”

Continua…

Hoje falaremos sobre o apocalipse zumbi sobre o ponto de vista dos ricos e poderosos, de quem governa o mundo por traz das cortinas. Os Illuminatis.

O que torna esse artigo de uso para qualquer cenário zumbi, seja o Mundo da Morte, seja os zumbis de Romero, ou na série Resident Evil (que pelo que vi em alguns trailers de filmes e games é exatamente um grupo poderoso por traz de todo o mal).

Imagine então que os Illuminatis realmente existam, e que estão por traz até do apocalipse zumbi, ou que pelo menos sabia de sua origem, e se tentaram fazer algo contra ou a favor não é a questão, pois de fato o apocalipse chegou e não há retorno.

Agora o que os ricos e poderosos, com recursos para construir fortalezas, e convocar exércitos poderiam fazer contra o apocalipse zumbi?

Primeiro é provável que possuam um refugio impenetrável e com suprimentos suficientes para anos (pelos menos 5 anos, o tempo estimado de “vida” de um zumbi, antes de se desmanchar em um esqueleto, considerando que eles apodreçam). Poderiam construir cidades inteiras, como no filme cidade dos mortos, ou apenas pequenos santuários, como prédios, mantendo vivas apenas algumas pessoas e com muitos suprimentos (e possivelmente a geração de algum produto, como água retirada de poço, e energia eólica ou solar).

Agora de posse do mini cenário dentro do mundo zumbi há várias formas de tramas possíveis envolvendo os jogadores.

Localizando o santuário: Ao escalarem um prédio e usarem um binóculo, conseguindo acessar um satélite espião, ou sobrevoando uma cidade com helicóptero, conseguem ver pessoas tomando sol no topo de um edifício. Outra forma e seguirem pistas da fonte do mal, e no caso dos Illuminatis serem a causa eles chegariam até o santuário através de documentos recuperados em alguma aventura. A ultima possibilidade é os próprios Illuminatis poderiam atrair os personagens para o santuário, em busca de ajuda (proteção ou renovação de recursos) ou diversão (vendo-os morrer nas garras de armadilhas zumbis).

Motivação: Os jogadores terão algumas possíveis motivações no local. Poderiam querer viver no santuário, seja em harmonia seja tomando o controle total e expulsando os atuais moradores do santuário. Poderiam estar atrás de vingança (caso os Illuminatis sejam os responsáveis pelo caos),

Invadindo o local: Há duas maneiras de invadir o local. Destruindo suas defesas, o que destruiria também a segurança contra zumbis, ou invadindo por pequenas entradas seguras – como subsolo, janelas altas e saídas e entradas de ar nas coberturas. A primeira seria uma atitude mais de vingança, onde o maior problema seria encontrar explosivos para o feito. A segunda seria uma missão de invasão, com escaladas perigosas, arrombamento de grades com maçaricos ou pequenos explosivos, e engatinhar por pequenas tubulações. Em todo caso, os sobreviventes ainda dentro do local poderiam tentar impedir a invasão, seja ativando mecanismos de defesas (portas extras, cercas elétricas, armas automáticas) seja lutando diretamente contra os personagens jogadores.

Os Illuminatis do World of Deads

Ou exemplo de Cenário Zumbi com Illuminati (+ vampiros e Lobisomens)

“Posicionei alguns de meus homens em um prédio, com um helicóptero. Chamar à atenção seria fácil. Convencer que nada de excepcional estava acontecendo seria mais difícil.

Explicar a existência do complexo seria mais complicado. Mas o tempo urgia e precisei improvisar.

Levei-os para dentro do complexo sem demora, e após o roubo do livro, fingi a morte dos meus homens, explodindo a cabeça de zumbis e colocando a roupa de meus homens neles, fingindo assim suas mortes.

Agora estavam em minhas mãos, pronto para agir para meus propósitos.”

Relato de um Illumionati sobrevivente

Aqui temos um Illuminati atraído pelo artefato que o grupo possui. Ele mesmo os traiu para seu santuário, utilizando de alguns capangas. O grande segredo é a camada tripla do santuário: Um prédio aparentemente comum, mas alguns andares reservados e completamente isolados para sobreviventes, e finalmente uma terceira camada de isolamento, onde tudo é controlado pelo Illuminati.

Na primeira camada (os primeiros andares do prédio) ainda haverão mortos, alguns tentando quebrar barreiras para invadir a parte dos sobreviventes.

Na parte dos sobreviventes (os últimos andares, sendo um deles praticamente solido sem interface com os inferires), suprimentos adequados para anos de sobrevivência, energia alimentada com painéis solares, e um poço de água isolado do resto do sistema de água do prédio, impedindo qualquer invasão dos zumbis. A única entrada está completamente selada, sem nenhum controle para abrir. Um sistema de controle de segurança também existe aqui.

No complexo Illuminati, um complexo subterrâneo com um sistema de elevador reforçado até o topo, a mesma capacidade de suprimento, com adição de um gerador de energia geotérmica. Controles permitem abrir e fechar qualquer porta e coordenar os elevadores, assim como energia e sistemas de segurança. A única fraqueza é a possibilidade de descoberta desse sistema de controle secundário, o que levaria a procura de passagens através da arquitetura.

Mundo da Morte (World of Death): Outras criaturas sobrenaturais (Parte 4)

Posted in artigos, cenário with tags , , , , , , , , , , , , on Julho 22, 2010 by rsemente

“Minha vida adulta toda só fiz uma coisa: Matar bestas sobrenaturais.
Foram mais de uma década participando de um clube de caça nada convencional.
Vampiros, lobisomens, bruxas, bichos papões, fantasmas e até zumbis. Bestas sobrenaturais, pronto para o abate, as caças mais arriscadas do mundo.
Os mais antigos no clube diziam que havia uma hierarquia superior, segredos guardados e missões a serem efetuadas. Para mim era mais um esporte.
Quando eles chegaram foi difícil sobreviver, a maioria de nossas táticas de caça não durava muito contra uma horda de corpos mortos vivos comedores de carne humana.
Do pequeno grupo que conseguimos formar inicialmente, apenas eu consegui sobreviver.
Agora me juntei a esse grupo bizarro, com bestas sobrenaturais. Até pouco tempo eu achava que eles eram culpadas disso, mas parece que estão piores que nós.
Revistando as coisas deles, para saber se podia confiar achei um livro estranho, parecia falar sobre o que estava acontecendo. De hoje em diante sempre andarei com uma estaca e uma bala de prata para ter como me defender.”

Relatos de um caçador.

Nem só de vampiros, lobisomens e zumbis se vive o Mundo da Morte (ou seria: se morre no Mundo da Morte?). O que aconteceria se o jogador quisesse jogar com um mago, um fantasma ou até um anjo? Primeiro, o cenário não é exatamente um cenário 100% fechado. Como é pós apocalíptico qualquer coisa do passado pode ainda existir ou ter sido perdida para sempre.

Mas para explicar um pouco mais o cenário e apresenta a minha opinião de como cada criatura se comportaria nesse mundo vamos fazer um apanhado geral sobre elas. Afinal as possibilidades são infinitas.

Magos: Em um mundo que o sobrenatural existe é factível que a magia também exista. Todos os humanos que a usarem, seja através de forma ritualística, ou de forma mais intuitiva são chamados genericamente de magos. No mundo das trevas (storyteller) temos dois tipos de magos: os magos ritualistas, e os magos alteradores de realidade. Esses últimos são muito poderosos, e em um mundo cheio de zumbis as pessoas estariam propensas a acreditar em seus efeitos, evitando o chamado paradoxo.

Múmias: São seres criados após a morte de um humano por um ritual que visa manter o corpo em bom estado para a ressurreição. As múmias no mundo real é claro nunca ressuscitaram, e, em um apocalipse zumbi “realista”, poderiam até retornar como zumbis (mesmo que nenhuma função vital fosse possível, e no final restasse apenas um monde de pó e esqueletos). Mas em um mundo onde algumas delas pode ter servido para ressuscitar um humano eles teriam acesso a poderes relacionado aos mortos e espíritos, se tornando muito eficientes contra zumbis. No mundo das trevas (até onde ouvi falar) elas são praticamente imortais, e se encaixariam bem em uma campanha para tentar impedir O Fim.

Fantasmas: Duas coisas poderiam acontecer com os espíritos dos mortos que não puderam voltar como zumbis: participar da maldição e atacar os vivos mesmo em estado translúcido, ou tentar ajudar a impedir a matança de seu antigo corpo, agora revivido como um zumbi. Um fantasma como personagem jogador poderia servir como espião do grupo, ficando alerta contra invasões zumbis nos esconderijos. Os zumbis poderiam também serem capazes de atacar os espíritos, onde o objetivo seria consumir a própria alma morta que não foi para o além, ai acabaria qualquer vantagem de ser um fantasma e o terror do jogador ao descobrir isso seria bem interessante.

Seres do Sonhar/Pesadelo: Criaturas relacionadas com conto de fadas, histórias inventadas e lendas (antigas e urbanas) geralmente estao associadas a um conceito de mundo dos sonhos, onde cada criatura (e até lugares) que já participou de um sonho ou pesadelo realmente existe. Elas podem ser criadas pelo sonho, ou serem existente a eternidades, e são capazes de acessar o mundo real através de sonhos. Em todo caso o mundo do sonhar agora seria um pesadelo, onde todos sonhariam com zumbis. Uma dessas “fadas” poderia sair do sonhar para buscar uma solução, encontrando assim mais terror, ou poderia acabar ajudando na matança de zumbis (e quem sabe se tornar vítimas dos zumbis ou aliados se querem um mundo de pesadelos).

Caçadores: humanos treinados para caçar criaturas sobrenaturais, sejam bruxas, vampiros, ou lobisomens. Em um apocalipse zumbi eles teriam poucas escolhas de sobrevivência, e pensariam duas vezes antes de matar uma criatura sobrenatural pretendendo ser aliada. Seriam detentores de grande informação, podendo conduzir o grupo para um local bem protegido e com mais caçadores (ficando ao cargo do mestre decidir se os outros caçadores estariam dispostos a ajudar as criaturas sobrenaturais ou não).

Veja mais em:

Vampiros, Lobisomens e Zumbis

World of Death: Vampiros, Lobisomens e Zumbis

World of Death: Vampiros, Lobisomens e Zumbis (Parte 3)

World of Death: Vampiros, Lobisomens e Zumbis (Parte 3)

Posted in artigos with tags , , , , , on Julho 20, 2010 by rsemente

Nas matérias passadas falamos sobre o conceito básico do cenário, zumbis invadem o mundo moderno com criaturas sobrenaturais, e sobre o histórico, como o apocalipse zumbi chegou ao mundo das criaturas das sombras.

Hoje apresentaremos mais conceitos sobre como começar campanhas do Mundo da Morte, e um pouco mais sobre como criar e utilizar zumbis no cenário.

Antes:

O Jogo no passado

“Não me lembro da ultima vez que comi uma refeição descente. Desde que me tornei um amaldiçoado não consigo mais ser mais comigo como eu mesmo, sempre contando nos calendários quando será a próxima lua cheia. Quando ela chega tento apenas estar o mais longe possível de qualquer humano.

Já tive contato com vários bandos de lobisomens, mas nenhum me aceitou como igual, então permaneci sozinho, sobrevivendo como um andarilho. Na verdade esse termo não é tão bem aplicável, seria mais como um lobo solitário. Em uma moto. Um lobo solitário de rodas.

O maior motivo de não me aceitarem é era o fato de não conseguir controlar minha fúria e nem minha metamorfose. Eu era perigoso demais até para eles. Mas por isso mesmo eles me incumbiram uma tarefa: caçar vampiros.

Fui razoavelmente bem sucedido durante um tempo, derrotava-os um por um. Um em a cada lua cheia. Cada um Todos que eu matava rogava pela sua não-vida.

Com o tempo consegui controlar minha fúria, mas já tinha pegado o gosto pela caçada. Agora era difícil parar. E agora eu era muito mais eficiente, conseguindo matar muito mais vampiros.

Até que achei alguns vampiros estranhos, dizendo que precisávamos nos unir para O Fim que estava por vir. Deles a única coisa que consegui foi um estranho livro, uma espécie de bíblia codificada. Talvez tivesse algum valor no mercado negro. Isso foi há alguns anos atrás, achei apenas que era um bando de sanguessugas loucos.

Por acaso comecei a ler o livro, e falava de um fim próximo, onde zumbis destruiriam a todos, inclusive vampiros e outras criaturas sobrenaturais. Falava também de sinais sobre a chegada do fim, alguns já tinham acontecido, e outros estavam por vir.”

Continua…

Os mestre se desejar pode iniciar uma campanha no passado, antes que tudo comece. Para isso inicie com uma trama leve, uma aventura pronta, e depois de duas ou três seções inicie com os eventos do apocalipse. Aqui ainda há a possibilidade de fazer com que os jogadores tentem prever o Dia do Inicio do Fim, mas quando descobrirem deverá ser tarde demais.

O Jogo nos dias obscuros

“Durante uma caçada trivial algo aconteceu. Uma enorme bomba explodiu na Ásia. E o pior de tudo é que o livro indicava esse acontecimento. Não havia mais dúvidas, o livro estava certo. E deveríamos nos unir com os vampiros e humanos para sobreviver a pior parte.

Em todo caso, pelo menos uma última caçada. Aquela vampira, infelizmente, teria que ir para o saco.

Ela vinha fugindo (de mim) com bom êxito a tempos, mas nas semanas após o impacto ela pareceu desistir. Até que sete dias depois ela finalmente encarou o destino final.

A luta começou, ela era rápida, mas não o suficiente, pouco a pouco minhas garras retalhavam sua pele, e logo logo minhas presas acabariam com o trabalho.

Mas o livro estava certo, e algo pior aconteceu. Uma guerra nuclear começou, e naquela mesma noite, durante a briga algo explodiu no horizonte, o forte brilho serviu apenas pra eu ter certeza que minha pele realmente estava queimando, a radiação não era boa para os lobisomens, a regeneração rápida também permitia que o câncer crescesse ainda mais rápido.

A dor tomava conta pouco a pouco de meu corpo, e clamei por ajuda daquela morta viva, era minha ultima esperança. Ela já ia embora, mas no ultimo instante ela voltou (e) me ajudou.

Ela ajudou em minha cura, após alguns dias percebi que ela não estava bem alimentada, e ofereci meu próprio sangue. Ela o aceitou com hesitação. Minha consciência ainda não estava completamente boa, e cheguei a esquecer do livro.

Mas, como sempre, o livro estava realmente certo, e no sétimo dia.”

Continua…

O período entre o Dia do Inicio (do Fim) e o Dia dos Mortos, que antecederam a vida dos mortos, podem ser um bom pano de fundo para preparação da verdadeira ameaça que virá. Interpretar os sinais e descobrir a vinda dos mortos (e preparar para a vinda dos zumbis) pode ser o palco de uma ótima campanha. Guerras sobrenaturais, busca por textos sagrados, clima de tensão similar a uma guerra fria, e profetas do apocalipse são elementos importantes que devem ser usados aqui.

A estrutura prévia das organizações ocultistas e das criaturas sobrenaturais estará ruindo, restando a cada um dos personagens jogadores sobreviver de guerras internas e externas.

Humanos podem ter essa época o palco de encontrar com várias criaturas sobrenaturais e até se tornar uma. O terror aqui será amplificado pelo tema de fim dos tempos.

Depois:

Os Zumbis

“Os mortos voltaram, e eu estava vivo. Eles queriam minha vida, eu ainda estava bem apegada a ela. Eu tinha uma vampira para me ajudar. Eles não.

A princípio matá-los era fácil, eram sacos de carne andantes, alvos fáceis para minhas garras. Tinha apenas que ficar longe de seus golpes, que poderiam me levar a morte pela infecção dolorosa e sobrenatural.

Para sobreviver nos juntamos com um grupo de humanos para sobreviver, a principio eles nos temeram mais que os zumbis quando viram nossos poderes no início, mas quando perceberam que nos seríamos mais úteis para eles que armas de fogos, eles nos ajudaram.

Nesse ponto já havia me esquecido do livro, ele já não era tão importante, o fim tinha chegado. Infelizmente eu estava errado.

Após nos acostumarmos com os zumbis, tudo começou a piorar novamente. Encontramos outro lobisomem. Durante um tempo ele nos ajudou bastante, mas era muito menos experiente que eu. Durante a defesa de nosso acampamento ele se deixou ser mordido pelas criaturas, nós achamos que nada aconteceria. Mas algo aconteceu, um lobisomem se tornou o pior zumbi que nós vimos.

O pior (sempre tem algo pior, se acostumem) é que esse não seria o pior dos zumbis que acharíamos, outros muito piores iriam surgir.

O Fim ainda estava para acontecer.”

Relatos de um lobisomem sobrevivente.

Aqui os zumbis podem ser qualquer tipo que o mestre desejar. Lentos, rápidos, inteligentes ou com poderes especiais, cada um pode ser adicionado na integra ou aos poucos, sempre adicionando um elemento a mais para aterrorizar os jogadores. A unica coisa em comum é que eles estarão em busca de carne, e lobisomens são como um grande filé com garras.

Vampiros são relativamente imunes a fome zumbi, podendo trafegar livremente por eles. Apenas em dois casos os zumbis os vêem como presas: Quando estão bem alimentados, ou quando os atacam. Mas a maior vantagem deles é a imunidade contraa  infecção zumbi.

World of Death: Vampiros, Lobisomens e Zumbis

Posted in artigos with tags , , , , on Julho 15, 2010 by rsemente

“Estávamos em uma das velhas guerras de território. Nós vampiros precisamos de grandes áreas para caçar, sem matarmos todas nossas vítimas. Os lobisomens não suportam a existência de qualquer outra criatura em seu território, principalmente nas luas cheias. Quando as criaturas cruzam o caminho apenas uma coisa acontece; Massacre.

Naquela noite tinha acabado de passar em uma boate e alimentar do sangue de um mortal, deixei-o vivo, parecia apenas embriagado. Foi quando ouvi pela primeira vez o uivo do maldito lobisomem. A maioria dos humanos pensaria ser algum cachorro, mas instintivamente sabemos a fonte animalesca de tal urro.

A maioria dos lobisomens que vivem nas cidades é nômade, sempre fugindo do horror que podem cometer nas noites de lua cheia. Nas poucas florestas selvagens do mundo eles formam matilhas, o que os tornam extremamente perigosos. Mas na cidade é sempre pior. Eles se acham os donos dos territórios que pretende ficar apenas uns meses, ameaçando qualquer um que entre ou já esteja nele.

Passei dias semanas me escondendo daquela criatura. Esperando que ela desistisse da caçada, uma diversão sádica e instintiva de sua espécie.

Em uma certa noite senti algo como um frio pela espinha, e que tudo mudaria, e mudou.

Foi quando o vi pela primeira vez, um homem alto e negro, com a cabeça raspada, andando com sua moto tranquilamente entre os carros de um engarrafamento na noite. Estava cansada de fugir, também não sabia se conseguiria mais, mas uma noite sem me alimentar apropriadamente me deixaria fraca demais para tentar lutar contra o monstro. Fui a um bar isolado e lá esperei. Ele ficou a alguns quarteirões esperando, sabia que tinha parado de fugir, e esperava para ver se não era uma armadinha.”

Continua…

Continuaremos com mais uma parte sobre o Mundo da Morte, onde o apocalipse zumbi chega ao mundo sobrenatural. Dessa vez contaremos a história do mundo.

Antes do Fim

O sobrenatural sempre existiu, e isso sempre foi segredo ou tratado como lendas. Bruxas foram caçadas pela inquisição, demônios dominavam o corpo e mente de pobres mortais, vampiros espreitavam na escuridão em busca de mais uma gota de sangue, e lobisomens caçavam as almas perdidas em florestas sombrias e isoladas (ou o que restava delas).

A raridade de cada um deles no mundo dos humanos era mantida através de constantes brigas entre as várias criaturas sobrenaturais quando tinham seus caminhos cruzados, e as ordens secretas de humanos caçadores do mal (algumas mais secretas do que as outras). Eventualmente o próprio céu mandava seus anjos para ajudar em uma guerra sombria, travada em busca, não da vida dos mortais, mas pelas suas almas.

Mas eventualmente um dia o fim chegaria.

Histórias do Passado Recente

“A televisão do bar estava ligada, foi quando vi a primeira notícia sobre o início do fim.

Os noticiários de emergência apresentavam que uma suposta bomba atômica tinha caído e atingido vários países da Ásia. Aquilo não me assustou. O que me assustou foi saber que aquela sensação ruim era diretamente ligada aquele fato, e que aquilo não era apenas uma bomba atômica, mas um prenúncio da destruição que estava por vir.

Parecia que o lobisomem sentiu a mesma coisa que senti, e desistiu da caçada por aquela noite. Voltei a fugir dele, mas não conseguia escapar das notícias relacionadas aquele acidente.

Logo a população humana estava histérica, com medo de uma guerra mundial. Aumento da criminalidade, saques, caos. Nós também ficamos histéricos.

Precisávamos caçar, e o isolamento da população reduziu os locais de caça, a fome apertava e tínhamos que ser mais audaciosos, a própria destruição dos humanos abria um novo campo para agirmos mais abertamente sem sermos notados. Quem ligaria para se um dos assaltantes aparece-se morto no fogo causado por eles?

A euforia tomou conta de todos, acabei por me esquecer do lobisomem, mas este não esqueceu de mim.

Pouco tempo depois ele foi ao meu encalço, e a batalha iria começar.

Pela primeira vez em 80 anos vi um lobisomem de verdade, tudo que sabia era o que me contavam nas raras reuniões de vampiros. Ele parou com a moto enquanto me alimentava em um bairro afastado da cidade, a vitima era um delinqüente que achou que eu seria sua vítima. Mandei-o embora, disse que havia espaço para todos. Ele não me ouviu.

Saiu da moto e logo começou a se contorcer de dor, suas roupas rasgavam, e garras começavam a cortar a própria pele, ao qual surgia pelos de lobo. Era a minha chance de atacar.

Mas me enganei, ele me atacou mesmo com dor, voei em direção ao muro de um prédio e atravessei-o, só pude ouvir o uivo final de sua transformação.

Nesse momento já haviam telespectadores, mas pouco nos importamos, a batalha foi sangrenta, usei todas as armas que tinha: velocidade, um pouco de força (nada comparado a dele), e algumas armas que sempre andavam preparadas.

Mas logo percebi que era meu fim, até que algo de novo aconteceu.

O chão estremeceu, um brilho intenso crescia no centro da cidade, logo entulhos voaram por toda parte. A radiação que se seguiu foi tão intensa que queimou a nós dois. Felizmente vampiros não estão vivos para morrer de radiação. As queimaduras apesar de doerem no momento que eram feitas e destruírem parte de nosso corpo não são fatais se não forem instantaneamente fatais para um humano.

Ao contrario do lobisomem, que tinha seus pelos queimados, e suas queimaduras pareciam se cicatrizar rapidamente, mas de maneira anormal. Com a batalha interrompida fui buscar um abrigo para sobreviver ao sol daquele dia, com minha aparência não podia ser vista por ninguém. Foi quando o lobisomem me chamou, pedia que eu o ajudasse, e algo dentro de mim mudou.

Aquela criatura que antes quase me matara agora estava sendo socorrida por mim.”

Continua...

OBS: Os textos normais são os acontecimentos do ponto de vista mortal, e o texto recuado é sobre o ponto de vista do sobrenatural (criaturas e ocultistas).

No chamado Dia do Inicio do Fim alguma coisa aconteceu que causou a destruição de todo um território da Ásia, provavelmente uma bomba nuclear, poucas das pessoas que viram sobreviveram, e das que sobreviveram poucas ainda estão vivas.

As criaturas sobrenaturais perceberam que o dia estava próximo, e uma agenda de terror foi iniciada por eles. As ordens secretas interpretaram o evento como sendo o Sexto selo do apocalipse e se prepararam para o pior.

Os governos mundiais se organizaram, e no que acharam ter iniciado uma guerra nuclear, se armaram e foram para a guerra, o que culminou apenas no Inicio do Fim.

As ordens secretas e criaturas sobrenaturais começavam a se organizar para tirar vantagem da situação. Vampiros criavam enormes rebanhos de humanos, lobisomens formavam grandes matilhas, caçadores de bruxas eram treinados nos quaro cantos do mundo, rituais santos e profanos eram realizados dos dois lados, conjurando anjos e demônios. Com os nervos a flor da pele a primeira guerra sobrenatural começou, o que serviu de estopim para …

Uma guerra nuclear ocorreu em todo mundo. Apesar de que as primeiras levas pareceram terem sidas destruídas sobrevoando o oceano, relatos imprecisos de guerrilhas e eventos sobrenaturais varriam o mundo. Mas em apenas sete dias um inverno nuclear começou.

A guerra nuclear foi estranha e rápida, guerras sobrenaturais entre ocultista ou criaturas sombrias ocorreram por todo o mundo, mas no sétimo dia, antes que muito sangue fosse derramado, um inverno nuclear cobriu a terra.

Os grandes centros foram onde ocorreram as principais tragédias, causando confusão e mortes em massa. A maior parte dos sobreviventes se encontrava em locais distantes dos grandes centros, com acesso a poucas informações desencontradas vindo da destruição que ocorria nas grandes cidades.

Uma guerra sobrenatural teve inicio, vampiros estavam livres para sair ao dia, humanos estavam confusos e serviram de presas para os lobisomens, mas antes que qualquer um tirasse proveito da situação o pior aconteceu…

No chamado Dia dos Mortos, os mortos votaram a andar. O apocalipse Zumbi havia começado.

Mortos retornaram a terra, hordas de zumbis ameaçam tanto a humanidade quanto as criaturas sobrenaturais. Agora nem os fortes, nem os inteligentes, sobreviverão, somente aqueles que tiverem a Sorte do seu lado.

E pela primeira vez em séculos vampiros e lobisomens se unem para lutar contra um inimigo comum.

O Jogo no Presente

“Sete dias se passaram, sete noites eu ajudei aquele lobisomem a se recuperar. Para minha surpresa ele era menos insuportável do que parecia.

Ele precisou de remédios para evitar que a radiação se espalha-se, eu os dei.

Ele me ofereceu sangue, que pesar de parecer repugnante, era extremamente forte, assim regenerei minhas queimaduras.

Sete dias de guerra, até que o pior acontecesse.

A principio achei que seria bom, a nuvem de fumaça cobria o sol, o que me permitiu sair de dia pela primeira vez nos meus anos de vampira.

A população de sobreviventes já não estava mais tão eufórica. Agora estavam deprimidos. Apenas buscavam unir-se uns aos outros para sobreviverem.

Nós sabíamos que algo ainda pior estava por vir, tudo aquilo apesar de parecer mundano, tinha um motivo sobrenatural por traz.

Logo as pessoas começaram a cair.

E no Sétimo dia a se levantar.

Eram zumbis.

Apesar do susto inicial e pela quantidade eles não me atacaram, mas o mesmo não aconteceria com o lobisomem que estava cuidando.

No primeiro dia eram poucos, no segundo dia viraram multidões, tínhamos que buscar um abrigo seguro, e sempre que me alimentava eu me tornava uma vítima e era alvo dos zumbis.

Logo comecei a me preocupar com os humanos, pois eles não existiriam mais, foi ai que nos juntamos pela primeira vez com sobrevivente humanos.

O fim tinha começado, e todos buscavam sobreviver a ele.”

Relatos de uma vampira sobrevivente.

Os jogadores poderão interpretar humanos normais, membros de ordens ocultistas, ou criaturas sobrenaturais. Aqui a palavra chave é sobrevivência.

Humanos vivem em um mundo de zumbis onde ainda poderão encontrar com vampiros e lobisomens, tanto os ameaçando ou os ajudando a sobreviver. Descobrir que as criaturas sobrenaturais estão no mesmo barco que o deles pode ser uma boa aventura.

Vampiros, apesar de imunes as infecções zumbis e livres para sair 24 horas por dia, ainda precisam de sangue, o que gerou uma necessidade de preservar os poucos humanos que existem, transformando alguns grupos em um banco de sangue vivo.

Lobisomens tentaram inicialmente se alimentar da carne zumbi, apenas para encontrarem um fim horrível, e até seu enorme poder em combate corpo a corpo se mostrou fraco contra hordas de zumbis. E no meio disso tudo havia os humanos, frágeis e indefesos, mas se utilizando de uma boa arma de fogo conseguiam matar um zumbi com um único e preciso tiro na cabeça.

Existem outras criaturas sobrenaturais, mas estas são em numero ainda mais reduzido do que lobisomens e vampiros, mas nada impede que um jogador jogue com uma delas.

O segundo ponto a preocupar os jogadores é O Fim, não há discordância de que o fim está perto, e interpretar os sinais em escrituras sagradas e descobrir a causa e lutar contra ela antes do fim pode ser a salvação da humanidade.

Em matérias futuras apresentarei novas possibilidades de campanha, e detalharei mais cada um desses aspectos: Vampiros, Lobisomens, Zumbis, Humanos, outras criaturas sobrenaturais e o segredo sobre O Fim.

Vampiros, Lobisomens e Zumbis

Posted in artigos with tags , , , , , , , on Julho 13, 2010 by rsemente

Estava imaginando o que fazer para um post de zumbi, como o proposto pelo pessoal do .20.

Depois de uma semana discutindo e pensando sobre filmes como Eclipse da saga crepúsculo (o filme ruim!!!), Underworld e afins, cheguei a conclusão que cenários que misturam os monstros são muito fodas (exceto crepúsculo que fez os vampiros e lobisomens mais meia bombas passíveis de uma lapada só).

E ai vem o lance dos zumbis: É certo que os vampiros e lobisomens são os monstros mais fodas, pelo menos como individuo, agora como conjunto os zumbis são mais fodas ainda, então como mesclar esses monstros (e outros) em um cenário fodônico?

A resposta você encontra aqui, no mundo Mundo da Morte (World of Death).

World of Death: O Mundo da Morte

“As pessoas procurarão a morte, mas não a encontrarão;

Vão querer morrer, mas a morte fugirá delas”

Apocalipse 9:6

“É incrível como achamos que tudo que acontece conosco é a pior coisa do mundo. Vivemos guerras terríveis no século XX, e algumas no inicio do 3º milênio. Achamos cada uma pior que a outra, e mesmo as consideramos presságios do fim dos tempos, nunca fizemos nada.

Até que o inesperado aconteceu.

O que pareceu ter sido uma grande bomba nuclear explodiu na Ásia, e tudo mudou. Todo mundo ficou surpreso, meses de especulações se passaram, incursões ao ponto de impacto foram mal sucedidas, a radiação e nuvem de fumaça em toda região impedia até os satélites de ver qualquer coisa.

Todos os países se prepararam para o pior, inclusive atomicamente. Meses de tensões e pequenas guerras explodiram por todo o mundo. Alguns viam sinais claros de atividade sobrenatural. Os religiosos acreditavam que aquilo seria o fim do mundo, e estavam certos. Crentes e estudiosos comparavam o acontecimento daquele dia como sendo o rompimento do sexto selo do apocalipse.

Até que uma nova grande guerra explodiu. As informações que chegavam eram desencontradas, de ataques as grandes cidades, bombas atômicas explodindo no oceano e destruição em massa. Até os cantos mais afastados logo viram o efeito da destruição, uma camada negra cobriu o sol, um inverno nuclear havia começado.

Foi então quando tudo parecia terminado, quando não havia mais esperança, quando o fim parecia ter chegado, que algo pior aconteceu. Uma praga assolou a maior parte dos vivos. E os mortos a partir daquele dia começaram a se levantar. O verdadeiro mal acabava de acordar.”

Relatos de um sobrevivente qualquer

O cenário

O Mundo da Morte até pouco tempo era um mundo que as criaturas sobrenaturais, vampiros e lobisomens, espreitavam no escuro, ameaçando a vida dos vivos, até quando o apocalipse chegou. Uma confusa e rápida guerra nuclear ocorreu, culminou em um inverno nuclear, mas antes que qualquer criatura da escuridão tirasse proveito das eternas trevas, os mortos votaram a vida. Agora humanos, vampiros e lobisomens têm que sobreviver a hordas zumbis em um mundo de trevas eternas.

O Sistema

Não há sistema de regras próprio em Mundo da Morte, qualquer um que possua a descrição de humanos, zumbis, vampiros e lobisomens serve, mas aqueles com mais quantidade de criaturas sobrenaturais bem detalhadas, mais realistas (i.e. pode-se morrer facilmente), ou qualquer narrativista são mais adequados. Exemplo: GURPS, Storyteller/Storytelling, D&D, Daemon, Cair da Noite, Call of Cthulho.

Receita para transformar seu cenário no Mundo da Morte

Pegue seu cenário sobrenatural preferido, se não houver vampiros e lobisomens, os adicione. Depois destrua o cenário com uma rápida e destrutiva guerra nuclear. Antes que os jogadores se reorganizem para colocar em prática ações no mundo de um inverno nuclear faça os mortos voltarem a vida. Veja o desespero nos olhos dos jogadores, e tenha um bom jogo.

A seguir

Proxima matéria trarei mais detalhes da história do Mundo da Morte e como jogar com humanos, vampiros ou lobisomens em um mundo de zumbis.

World War – Zumbis

Posted in contos with tags , , , on Dezembro 4, 2009 by rsemente

Apenas um diário, era o que a criatura tinha a me oferecer. Não sei por que continuo com essa mania de chamar ele de criatura, agora sei seu nome Gabriel.

Após escrever essas palavras em seu próprio diário, Ana continuou a ler o primeiro diário que Gabriel lhe deu. Um envelhecido diário, com suas primeiras páginas datadas de 1940 Ela devorou aquele amontoado de paginas como se fosse uma aterrorizante e petrificante ficção, para após resumir aquilo que lera no seu próprio diário:

Lendo o diário descobri que  pertenceu a um médico nazista, Dr. Von Nachtiz, ou como ele foi apelidado Dr. Nazi, sua maior descoberta foi encontrar uma bactéria que parecia poder recombinar o DNA de células de qualquer espécies, fato que levou a testar prontamente em animais. Ao começar a guerra evidentemente foi recrutado pelo exercito Alemão, e não demorou para começar testes em campos de concentração. A maioria dos resultados eram pífios, resultando nos mias diversos tipos de mortes para os próprios judeus. Imagino quanto deles sofrerem em suas mãos, e choro.

Os primeiros resultados foram a transformação de suas vitimas em seres deformados e cheios de dor, mas que exatamente por isso podiam resistir a enormes ferimentos antes de finalmente cair. Pelo menos parece que esses primeiros sucessos não foram tão obedientes, e muitos soldados alemães morreram antes de matá-los. Logo foram usados na guerra, soltos em grandes quantidades em campo inimigo. Parece que isso gerava mais distração que vitimas de fato.

Com o tempo suas experiências forma se tornando cada vez mais monstruosas, até que antes do final da guerra, em 1944, algum acidente ocorreu, que o Dr. Nazi fugiu de seu centro de pesquisa (na verdade um campo de concentração), levando sua pesquisa com ele e fugindo exatamente para o Brasil.

Ao que parece o Dr. Nazi conseguiu mesmo reproduzir algo que se parecesse com os Zumbis dos filmes de terror. E por algum motivo as histórias dessas criaturas ficaram esquecidas no passado. Talvez o segredo fosse tanto que o desastre do passado acabou por apagar todos os detalhes sórdidos dessa experiência.

Gabriel me disse que o enfrentou, derrotando-o, momento em que obteve seu diário em busca de mais informações sobre sua própria origem. Infelizmente esse diário é antigo, e não possui dados do pós-guerra.

Continua…

Onde se esconder no dia Z

Posted in cenário with tags , , on Dezembro 29, 2008 by rsemente

O Nume do .20 poublicou uma matéria similar a minha, só que no mundo moderno. Seguindo a mesma alinha dele e do Daniel no comentário da matéria do Nume, completo sua lista com alguns outros locais interessantes para sobreviver ao Dia Z. Adicionei aqui um fator importante, a existência de armas de fogo, ideais para sobreviver quando a segurança for quebrada, e saiba, um dia será!

Boa sobrevivencia!

Caso consiga fechar as entradas: Boa sobrevivencia!

Shoppings: Se bem protegidos são ótimos para abrigos demorados, mas não permanentes. Possuem água e comida para vários dias ou meses, mas quase nunca possuem área verde para manter-se vivo durante anos. Possuem um adicional de conforto, com suas dezenas de opções de lazer, todos agora de graça. Infelizmente alguns possuem entradas apenas de vidro, sem manter barreiras de metal extras.

Mercados: Similares aos shoppings, e às estão dentro de um! Sua grande vantagem é possuírem muita comida, e algumas realmente duráveis. São ideais, para recarregar os suprimentos de outros abrigos.

Delegacias: Apesar do que possa parecer são péssimos abrigos, possuem uma boa segurança, mas não permitem longas estadias. As barras de aço nas suas portas, servem para proteção, possuem o adicional de manter um estoque de armas, mas não para conter toda a horda zumbi. Seus suprimentos são ínfimos e não muito diferente que uma pequena casa. Ficam no meio das cidades, e esse é sua pior desvantagem.

Muros, Armas e Tanques! Sobreviva ao dia Z

Muros, Armas e Tanques! Sobreviva ao dia Z

Quartéis: Sejam de policias civis, militares, ou de forças armadas, são ideais quando murados. Muitos são em locais isolados (principalmente militares), e com vastas áreas para plantação e fonte de água como poços. Seus estoques de armas são seu ponto forte, podendo conter carros blindados, helicópteros e até tanques, perfeitos para obtenção de mantimentos. Apenas deve-se tomar cuidado com o próprio exercito, capaz de confundir sobreviventes com zumbis por simples conveniência.

Morros: Em algumas cidades os morros de favelas são locais que pode existir uma boa resistência. Seu difícil acesso e contingente de marginais armados podem garantir uma defesa apropriada para curtos períodos, e sua posição elevada pode facilitar algum socorro. Mas após alguns dias é melhor tentar fugir entre as lajes do que esperar a queda do fortes do submundo.

Barcos: São a ultima esperança de sobrevivência, a possibilidade de se alimentara de frutos do mar, com a adição de algum dessalinizador, podem ser a base de operações perfeita para procurar a ilha que habitará a próxima civilização de vivos. Grande navios são os mais adequados, podendo permitir um atracamento seguro, mas normalmente estarão superlotados, ou até mesmo infestados de zumbis, portanto cuidado.

Para complementar achei o mapa do shopping do filme Madrugaada dos Mortos, divirta-se. Clique na imagem para amplia-la.

Veja também:

Mortos, mas nem tanto: Zumbis Medievais

Mortos, mas nem tanto: Zumbis Medievais

Posted in adaptações, dicas de mestre with tags , , , , , , on Dezembro 20, 2008 by rsemente

Os zumbis no RPG de Fantasia medieval são bastante comuns, mas não no formato que os deixa mais legais: Hordas de zumbis ambulantes comedores de carne e capazes de transformar todos mortos sob seus dentes em novos zumbis!

Esse tipo de zumbi pode ser visto em Zumbi Infectado pelo G Vírus – Resident Evil Outbreak para Ação!!! matéria do mestre Valberto, que também publicou essa matéria para os zumbis se sairem melhor: Top 7 dicas para zumbis.

O que usar contra zumbis na era das trevas:

Armas copo a corpo: Muitas são eficientes, mas quando se enfrentam uma horda de comedores de carne se cercar deles significa a morte. Evitar usá-las é a única forma de manter-se vivo.

Escudo de corpo: Ideal quando usado em grupo como uma parede móvel, capaz de retardar temporariamente uma horda em um canto apertado. Mas a queda de um pode ser a queda de todos.

Flechas flamejantes: São as armas ideais, acertam fácil e destroem os desmortos causando confusão e possivelmente espalhando o fogo pela horda.

Fogo Grego: Item caro, mas poderoso contra zumbis, alem de afetar muitos ao mesmo tempo, pode causar o mesmo efeito das flechas flamejantes.

Magias: Extremamente eficientes contra os mortos, mas deve ser usado na hora certa evitando desperdício. E em um ambiente que parar para descansar pode ser a morte, economizá-las é a melhor coisa a fazer, não se sabe quando poderá restaurar as energias e preparar novos encantos.

Rede: Arma ideal para locais apertados, impedem temporariamente o avanço dos zumbis, até rasgarem as redes, ou a horda atropelar os aprisionados.

Apresentamos agora alguns mini cenários que podem trazer esse clima no RPG medieval são:

Cerco ao castelo: Após toda uma região devastada pelos desmortos, o único baluarte contra essa luta é a fortaleza do escudo. Suas altas e grossas muralhas impedem que os comedores de miolos derrubem ou escalem a muralha do escudo. Mas a escassez de mantimentos dentro do castelo e a quantidade crescente de zumbis que se aproximam de toda parte começam a preocupar os sobreviventes. Os mortos começam a se empenhar, e subirem uns nos outros como uma onda disforme de podridão ameaçando inundar a muralha. Apenas duas idéias pareceram válidas para sobreviver a horda: Tentar achar uma saída pela antiga mina sob a qual a fortaleza foi construída. Ou tentar abrir um caminho pela horda.

Colheita Maldita: Após sobreviverem a ultima horda, a fome corrói o interior dos heróis. A procura de comida leva-os até os enormes milharais do reino. Um milharal parece resistir ao tempo e traz esperança de um novo jantar. Os milhos nas bordas do milharal parecem já terem sido colhidos resta checar se ainda existe milho em seu interior. Mas mal sabem eles que com o passar do tempo todos que entraram lá foram mortos por zumbis e que uma horda deles espera silenciosamente por mais visitantes, tragando-os para dentro do labirinto de milho e atacando de onde menos se espera.

Mina Atacada: A gigantesca mina de Delados, com dezenas de quilômetros e centenas de mineiros, não mantêm contato (nem envia minerais) a mais de uma semana com o reino, e os personagens foram os escolhidos para checar o que aconteceu, eles recebem um mapa da mina não atualizado e dez soldados para ajudá-los na tarefa. Chegando no entrada da mina, a destruição externa é evidente, e tudo indica que todos fugiram para seu interior. Ao procurar no interior da mina, encontram sobreviventes que parecem comer alguma coisa no chão, eles não respondem ao chamado dos heróis, são zumbis! Os mineiros se amaldiçoaram com a infecção zumbi, talvez sendo o primeiro foco da maldição ao encontrarem algum segredo em nas profundezas da mina. Para tentar escapar, muitos mineiros se esconderam no interior da mina atraindo os amaldiçoados para seu interior, mas por pouco tempo. Logo as barreiras criadas por eles serão quebradas e os zumbis matarão todos os sobreviventes e então escaparam definitivamente para superfície em busca de mais carne!

O Calabouço: Os personagens são culpados de um crime que não cometeram, não há chance de escapatória e são rendidos desarmados e enviados para as catacumbas de Presarius, um forte prisão onde são mantidos os prisioneiros do reino. Logo após a primeira noite, gritos de horror são ouvidos em toda a prisão, e carcereiros amedrontados liberam todos de suas celas, mas quando chegam na ultima cela, dos heróis, são mortos por assassinos sedentos por vingança. Os gritos de terror continuam, e a chave da cadeia está a dos personagens. A prisão foi invadida de alguma forma por zumbis amaldiçoados, talvez conjurados por inimigos dos personagens só para matá-los, agora resta conseguirem escapar pela fortaleza prisão e seus corredores apertados para sobreviverem aos amaldiçoados.

A cidade: As movimentadas e apertadas ruas de Sinoria, são ótimas para encontrar tudo que se procura, o comercio agitado, e suas casas apertadas, com ruas fazendo um labirinto eterno são o local ideal para toda corja de pessoas se esconderem. A grande festa anual dura uma semana inteira, e é o pico da agitação da cidade, após ela, no outro dia, a ressaca toma conta de todos. Hospedados nos palácios dos lordes comerciantes, o melhor que o dinheiro e a amizade pode comprar, os heróis descansam em paz. Até que a maldição dos desmortos chega a Sinoria. A infecção se espalha silenciosa entre os entorpecidos, e quando a população se dá conta se encontra cercada pelos mortos, a noite gritos de desesperos escoam pelas apertadas ruas, e os heróis se vêem cercados por ruas infestadas de comedores de carne humana. Resta a eles fugirem pelos becos e telhados da hora faminta de zumbis.

No interior do Castelo: No castelo de Preservor, os heróis são convidados a passar a noite antes da próxima missão pelo reino. A noite pretendia ser calma, até que a maldição chega ao interior de Preservor. Soldados tentam combater ex-companheiros retornado dos mortos, e seus corredores já se encontram infestados pelos corpos famintos dos camponeses zumbis da pequena vila da proximidade de Preservor.

A Ilha: A grande ilha do Reino mantém locais de grande importância, sendo o grande “forte” natural que manteve o reino vivo tanto tempo. Aqui onde a maldição surgiu e ameaça espalhar por todo o mundo. Caso não queira contamina todo o seu mundo medieval com zumbis, todos os acontecimentos podem ocorrer na grande ilha, inserindo nela qualquer ponto que o mestre achar interessante, seja o calabouço de Presarius, a fortaleza do escudo, o castelo de Preservor, a cidade de Sinoria, a mina de Delados, os enormes milharais do reino, ou qualquer outro ponto interessante que o mestre achar. Aqui seria o cenário de zumbis auto contido para campanhas medievais. Nela os personagens poderiam estar em busca de alguém ou alguma coisa, e mesmo com a maldição teriam que ficar na ilha até achar o que procuram.

Futuramente detalharei cada um dos tópicos. Espero que tenha gostado da matança.

Nota: Dia 20/12/2008 em natal ocorreu uma Zombie Walk. Muitos amigos meus estavam lá, e meu carro foi atacado no processo. Mas estou tão fissurado em blogar, que entre um miolo e outro venho aqui blogar!