Olá a todos!
Primeiro volto a me desculpar sobre minha ausência, mas este post está aqui para explicar tudo e um pouco mais.
Vida
Primeiro meu filho nasceu dia 05/11/2010, e como todo mundo diz, filho dá muito trabalho (e somando isso aos ultimas semanas de gravidez problemática de minha esposa vocês podem calcular exatamente a escassez de posts no blog). Mas é muito bom!!!
Cara, é a melhor coisa do mundo, ver um ser humano diante de você, perfeito, inteligente (sim, eles são espertos), e com infinitas possibilidades, e coube a você gerá-lo, e caberá a você criá-lo, pra que ele cresça e escolha as melhores possibilidades para sua vida, e que o faça orgulhar para o resto da vida. É isso que torna ser humano imortal, não morrer sozinho no mundo, sem contribuir em nada para que a humanidade melhore um pouco a cada dia.
Morte
Segundo é como a vida é tão frágil, graças a tudo no universo que os quase nove meses de gestação de meu filho deram 100% certo. Mas é triste quando isso não acontece. E isso aconteceu recentemente com amigos meus.
Toda vida é única, um arranjo de cromossomos que nunca mais irão se repetir da mesma forma, e uma vez deixando de existir o individuo jamais toda a potencialidade que ele poderia ter será vista novamente. Suas idéias esquisitas, sua maneira de ver o mundo, seu esforço para ajudar as pessoas, sua contribuição para o mundo. E tudo isso e muito mais deixa de existir quando alguém morre.
RPGista
E o que tudo isso tem haver com RPG?
É que certa vez na lista de blogs de RPG surgiu a discussão de como o bem (representado pelos heróis, geralmente com alguma coisa que os defina como bons, como o alinhamento ou uma desvantagem) é truculento.
Sim, quantas vezes um paladino do grupo deu uma chance para um vilão ficar vivo e se redimir? Ou o mago bondoso alguma vez prendeu um dragão para pesquisar uma magia para deixá-lo bom, e não para depois tirar suas escamas e fazer um item mágico? Alguma vez o clérigo já tentou “salvar a alma” de um demônio?
Então o jogador chega e diz: É muito mais fácil e rápido acabar com a vida do sujeito do que deixá-lo vivo para ter mais uma chance de cometer algum crime.
Sim é fácil, mas quem disse que é fácil ser bondoso?
Então, retirando a parte de outras “espécies” malignas, por que não deixar os humanóides vilões vivos para tentar um julgamento justo, penas alternativas (em um mundo com magia isso é bem viável, em D&D 3.x basta usar a magia missão e missão maior), e tentar a conversão do mal para o bem.
E digo mais, você pode incluir isso em seus jogos colocando a missão em um local onde é crime matar qualquer ser vivo, inclusive se esse ser vivo tenha matado muitos outros. Então o uso da força deveria ser moderado ao extremo, para evitar que o alguém morresse.
Isso em um jogo medieval. Em um jogo de super, essa deveria ser a regra, visto que o primeiro super nunca matava (Superman). Em um jogo moderno, provavelmente os jogadores, mesmo sendo membros da lei (como policiais), teriam problemas depois de matar criminosos repetidas vezes. Familiares poderiam acusá-lo de assassinato, principalmente se nenhuma prova cabal incrimine o falecido, incluindo a inexistência de testemunhas, como os acontece quando os criminosos se incriminam nos testemunhos.
Essa forma mais difícil e justa de fazer justiça deveria ser sempre a regra em um jogo, principalmente para ajudar a melhorar a visão do RPG perante a sociedade. Já pensou como é muito mais agradável a um pai ouvir “tento acertar o tiro na mão dele para desarmá-lo” ao invés de “vou dar um tiro mirando no olho dele, para matar de uma vez só”.