Cenários de Fantasia Medievais: Não gosto mais! (Desabafo)


OBS: Texto escrito antes do concurso SMRB, mas que servirá como uma luva para esse momento.

Ultimamente o meu sentimento que mais cresce em relação ao RPG é o desprezo a cenários de fantasia medievalóides.

Isso por que me cansei dos mesmos arquétipos do mundo, poucos realmente inovam com Dark Sun, a maioria muda uma coisa ou outra (com magia no cotidiano, sem magia, sem elfos, com orcs “bons”…), mas tudo continua a mesma coisa: Guerreiro, Mago, Clérigo, Ladrão e suas variantes como classes, e Humano, Elfo, Anão, Halfling e suas variantes como raças, uma pá de deuses benignos, outra com deuses malignos e alguns deuses neutros para balancear o universo. Fora isso ainda tem o famigerado multiverso, com mundos “diferentes”, cheios de extremos e habitados por criaturas poderosas, como demônios, anjos e elementais.

O porquê do meu desprezo crescente é a mesmice, e a mesma falácia de mundo completamente inovador (você trouxe apenas 10% a 20% do mundo, e na maioria das udanças são em relação a nomes e formas, e acha isso inovador? me poupe). Por isso havia apenas um mundo de D&D que respeitava por ter sido o primeiro que tive contato, Forgotten Healms, mas depois que a Hasbro destruiu o cenário para “simplificar” e adaptar a sua nova edição de D&D isso mudou.

Hoje jogo uma campanha de Dragonlance, e estou gostando, mas é um cenário similar a Forgotten, só que muuuiiiito menor. Mesmo assim o maior fator que me faz gostar dele são os dragões, foi quando percebi que era um cenário basicamente igual ao que eu estava fazendo, o Guerras Dracônicas.

Então hoje não existe praticamente nenhum cenário que ache interessante jogar, e se eu ver um cenário com elfos, anões e halfling/hobbit, guerreiros, magos, clérigos e ladrões, eu passo.

Mas não me entendam mal, não acho de todo ruim, mas que se for pra ter o mais do mesmo eu fico com Forgotten Realms e não um novo cenário que terei que aprender um bocado de nomes novos e um novo mapa para poder jogar uma nova campanha.

Mas, pelo menos par mim, existe uma solução: Voltar à origem da origem!

OBS 2: Infelizmente a grande maioria dos cenários lá se encaixam nessa categoria, não existe grandes novidades, com exceção dos que eu já falei aqui. Os diferentes mesmos buscam inovar completamente, mundo geografia ao extremo, conceitos de raças… por isso digo que planejo voltar as origens (não para o concurso, mas para uma próxima campanha e série de posts aqui)..

9 Respostas to “Cenários de Fantasia Medievais: Não gosto mais! (Desabafo)”

  1. Voce precisa conhecer os Reinos de Ferro!

  2. E finalmente mais alguém percebe o grande problema da fantasia contemporânea. É estranho como de repente tudo o que era fantástico foi tão usado que hoje é o medíocre, e como coisas que apenas um autor usou de repente se tornam obrigatórias (como os hobbits).
    Talvez algum dia você vai esquecer deste descontentamento e voltar a gostar destes mesmos cenários, independente dos clichês. Ou talvez você se canse completamente até de Forgotten Realms e nunca mais jogue qualquer coisa padrão.
    De qualquer forma, boa sorte

  3. Ótimo post cara!
    Eu tenho a mesma opinião, não acho a saturação de um gênero algo legal, ter dezenas de jogos de fantasia medieval é quase beirar um certo consumismo, e disso quero passa longe.
    Se for para variar eu prefiro sacar algo novo que releve uma nova proposta e traga dentro de sua essência um mundo inexplorado, algo enfim inédito e não mais um reapresentação de uma ideia.

  4. Experimente Eberron. Funcionou comigo.

    • Não me estimulei muito com eberron, não sei dizer o motivo, talvez por nunca ter jogado, ou talvez seja a presença de algum elemento forte de indetificação (retirando a alta magia no dia a dia que faz com que tudo pareça uma arvore de natal medieval).
      É claro que acho os warforged fodas, mas acho que a forma como eles foram abordados no cenário meio limitada… assim nenhum grande plote envolvendo eles a não ser o uso deles e das warforges em guerras e politicas.
      Se eu estiver errado em alguma coisa é provavelmente por não conhecer tanto o cenário, mas ao meu ver eles são o ponto forte do cenário.

  5. Entendo e concordo com boa parte do texto. Na real, sabe o que falta de verdade: que os autores se desprendam das amarras do clássico e criem uma neofantasia. Não adianta nada criarem “coisas inovadoras” com elfos, anões e por aí vai. É como simplesmente tocar Mozart com cavaquinho. Continua sendo Mozart, só muda o instrumento.

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